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“Sly”, novo documentário da Netflix, é um grande acerto

Cinestesia, Por Gabi Fischer, Cineasta e Produtora

Em 06/12/2023 às 08:07:38

Nós o conhecemos como ícone porque, realmente, já é um sinônimo quando nos referimos a Sylvester Stallone. Ator, produtor, diretor, roteirista, aos 77 anos, enxergamos um mapa em seu rosto de muita história pessoal e também caminhos que o audiovisual o levou. Chegou a hora de abrir, mais ainda, sua vulnerabilidade na frente das câmeras, algo que o documentário “Sly”, da Netflix, consegue realizar magistralmente. O filme é cativante porque sabemos muito bem sobre quem é, mas estarmos dentro da casa dele, ouvirmos fitas antigas e assistirmos tantos materiais de arquivos que nos conectamos rapidamente, e ainda mais, com o ícone.

A montagem é essencial aqui e uma das melhores características do filme, com destaque para a escolha de uma narrativa cronológica. A proposta segue como uma revisão da vida de Stallone, ator de uma filmografia gigante e com um destaque para um grande feito: ele é o rosto de três franquias diferentes. Seja fã ou não, é impossível não reconhecer o peso de “Rocky” e “Rambo” para o cinema, e também o feito de reunir grandes figuras para mais explosões em “Os Mercenários”. Assistimos a um resgate de memória de Stallone, desde particulares até as públicas, em uma duração ótima de 1h30. Passamos pelos sucessos e fracassos.

É o embate que existe para o próprio Sylvestre: equilibrar esse ícone e o homem que, como qualquer pessoa, tem suas questões, seus traumas e seus problemas. É íntimo acompanharmos os comentários dele próprio e de outros sobre a relação conturbada com o pai, a reconciliação e até a perda precoce do filho. Além do que é falado explicitamente, o filme também usa bem referências ao colocar títulos de filmes para explicar melhor sobre determinados momentos.

Claro, não tem como não comentar sobre duas presenças incríveis. Para começar, Quentin Tarantino, que é como um artifício para dar as devidas contextualizações do cinema e o mundo de Hollywood. Por outro lado, ouvir Schwarzenegger é também maravilhoso para relembrar sobre a rixa que se criou entre os dois atores, especialmente após o lançamento de “Rambo”, pelo trono do “rei da ação”. Ele próprio comenta: “éramos como crianças!”.

A direção de Thom Zimny é precisa, equilibrada e honrosa ao entender que tem esse ícone à frente de sua câmera, mas que é preciso estabelecer limites. Não é daqueles filmes bombásticos com grandes revelações. Pelo contrário: tudo que está ali um grande fã já sabe, mas o respeito em montar essa história dessa maneira é o que coroa o filme.

Além disso, me fez pensar sobre o mundo cinematográfico da ação porque ainda temos eles: Sylvestre Stallone, Arnold Schwarzenegger e até Tom Cruise. Mas quem serão os próximos a assumir esse trono? A desafiar os limites e fazer a gente torcer pelo impossível na cadeira do cinema? Seguiremos assistindo as “mentiradas”, lutas e explosões para descobrir.

Enquanto isso, devemos a ele ouvir a sua perspectiva da própria história, já que ele marcou tanto as nossas. E a sinopse é certeira: “O amor pelo cinema foi o passaporte de saída da infância traumática. De jovem sem futuro a lenda de Hollywood, Sylvester Stallone conta sua história neste documentário”. Vale muito seu play!

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